terça-feira, 24 de setembro de 2013

Período Colonial em Santo Estevão


AS FEIRAS LIVRES DE SANTO ESTEVÃO



Os vestígios presentes em nosso cotidiano, são as feiras livres. Pois, atribui-se ao período colonial, a oficialização das feiras, tendo em vista que na época dos faraós, quer dizer, no período escravagista, bem como na fase do feudalismo, não existiam tão acirradamente as feiras, por causa da produção para autoconsumo. O sistema de trabalho da comunidade dos faraós era estritamente voltado para produzir; e, em seguida consumir, porque os faraós não tinham interesse em produzir para revenda; mas, a manutenção dos escravos que deveriam produzir os bens de luxo para aqueles que detém o poder. Este período de autoconsumo, também aconteceu na fase feudalista, pelo tipo de manutenção que era comum para as pessoas que viviam nos feudos, que exerciam uma espécie de escravismo.
Para confirmar que as feiras tiveram realmente sua consolidação na idade média,   escreveu SOUTO MAIOR (1978) que as influências das atividades comerciais de Bizâncio foram vis não somente para a Idade Média, mas até para a Idade Moderna, pois o renovado contato comercial com o Oriente foi uma das causas principais do aparecimento de muitas cidades do Ocidente europeu e a concorrência comercial estimulou os descobrimentos e a expansão da civilização européia no século XVI.
Este foi o estímulo à expansão, que fez com que os produtos do Extremo Oriente fossem distribuídos via mediterrâneo com grandes lucros, tais como especiarias, perfumes, joias e sedas, muito procurados em tal época. A abertura para o Oriente fez com que os grandes comércios fossem implementados fundamentalmente nas cidades de Veneza, Gênova e Pisa; e, desta forma, aumentando a concorrência entre os vendedores da época das grandes aventuras em busca de compra e vendas de produtos supérfluos e necessários, nos longínquos pontos da terra. Com a missão dos mercadores da Idade Média, estimulou-se a transação de compra e venda, e por extensão, a formação das feiras, envolvendo musselinas, sedas, especiarias e tapetes, expostos em feiras livres. Nesta estrutura comercial, determinam-se os preços pelas forças competitivas do mercado, surgindo lentamente a concorrência entre os comerciantes medievais.
A feira-livre no século passado era realizada aos domingos, ao lado da Igreja Matriz, onde também se encontrava o antigo cemitério, até quando foi construída a Praça Sete de Setembro, juntamente com a construção do Mercado Municipal em 1924, pelo Intendente Temístocles Pires de Cerqueira, cuja finalidade era o assentamento das feiras-livres, mas só a partir de 1935 a feira-livre principal passou a ser realizada aos sábados, permanecendo até hoje. O dia de sábado, portanto continua sendo o maior dia de expressão comercial do município, o dia de negócios, entretenimento e relacionamento social.
 
 
 
 
 
 
                A Feira livre, no fundo do antigo Mercado Municipal – 1985



 
 
 
 
 
 POR: Andréia Mota e Gustavo Ferreira.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

HISTÓRIA DE SERRINHA E SUAS CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO COLONIAL.

 Wedson Tito da Mota
Serrinha-Ba

Imagem de Senhora Sant’ Ana no ato do bairro da santa.

HISTÓRIA DE SERRINHA E SUAS CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO COLONIAL



HISTÓRIA DE SERRINHA

Bom, Serrinha teve como seus primeiros habitantes os índios Cariris, designação dada às primeiras famílias de línguas indígenas do sertão do Nordeste, o grupo de etnia local mais presente eram os Biritingas. Entretanto foi a chegada do português Bernado da Silva, comandante de uma expedição de colonização portuguesa, em 1715, que a organização urbana da cidade se deu. Assim, foi iniciada a construção de uma capela sob a invocação da Senhora Santana, padroeira da cidade, já que a igreja católica estava diretamente ligada ao processo de colonização realizada pelos portugueses. A capela era filiada a freguesia de São João de Água Fria. Há esse tempo o povoado já possuía algumas casas cobertas de telhas de cerâmica e servia de pousada aos visitantes, comerciantes e tropeiros que se destinavam ao Rio São Francisco, sendo que por haverem na época algumas nascentes, muitos dos viajantes tinham na região um local de descanso para eles e os animais (gado).
Em 1º de junho de 1838, a lei nº 67 criou o Distrito de Paz de Serrinha, e levou a capela à categoria de paróquia própria, pelo Arcebispo D. Romualdo Antônio Seixas. Em 24 de outubro de 1763 foi nomeado capelão o Pe. Antônio Manuel de Oliveira.
Presume-se que o ano de 1646, a igreja católica deu início ao processo catequização dos índios Biritingas, os quais viviam na região.
Pela Lei Provincial nº1.069 de 13 de junho de 1876, foi o Arraial de Serrinha elevado a categoria de Vila e criado o Município de Serrinha, com território desmembrado do município de Purificação dos Campos, sendo inaugurada a 11 de janeiro de 1877. A Vila de Serrinha recebeu foros de "cidade" pelo Ato Estadual de 30 de junho de 1891, assinado pelo Barão de Lucena, fato que constou da data de 04 de junho de 1891 do Conselho Municipal de Serrinha. A instalação solene da cidade ocorreu em 30 de agosto de 1891 segundo consta da Ata do Conselho Municipal de Serrinha do referido dia.
A história de Serrinha pode ser melhor entendida para aqueles que tiverem interesse no livro: A Colonização Portuguesa numa Cidade do Interior de Bahia, do jornalista e escritor Tasso Franco que nos conta sobre a influência da colonização portuguesa numa cidade baiana, com a adoração dos santos, os costumes, as festas populares católicas e profanas, a cultura, a arte, e dados históricos da penetração das entradas baianas e dos vaqueiros que se fixaram no sertão da Bahia.
Semana Santa em Serrinha

Encenação da crucificação de Cristo na Colina de Senhora Santana
A influência do catolicismo imposta pelos colonizadores portugueses, também fez parte da colonização da cidade de Serrinha/BA e perpetua-se até os dias atuais. A Semana Santa é o período mais importante da fé cristã, e com ela brota ao longo do processo histórico um conjunto de práticas, ritos e tradições que compõem um riquíssimo legado cultural. Sendo assim, é com imensa satisfação que trago para a nossa postagem da semana uma imagem de cunho regional. Dentre os diversos ritos que compõem a Semana Santa, não poderia deixar de destacar aquele que é mais tradicional no município de Serrinha/BA, a “Procissão do Fogaréu”.

Procissão do Fogaréu de Serrinha
A Igreja Católica serrinhense realiza o Fogaréu há oito décadas, num ato de fé cristã a região costuma reunir milhares de pessoas não só da cidade, mas de outras localidades, que com tochas com velas acesas nas mãos, os fiéis relembram e remete a simbologia dos instantes da captura de Jesus, aonde os soldados que o procuravam, iluminavam a passagem da coluna militar com tochas.
Assim, podemos dizer que a Procissão do Fogaréu é um dos ritos culturais mais ricos da história de Serrinha, e que nos remete à forte colonização portuguesa vivenciada por aqui e como qualquer outro ato tradicional, perpassou por vários contextos históricos diferentes e que por naturalidade absorveu os valores vividos em cada época.



Imagem atual da Procissão do Fogaréu de Serrinha

As feiras em Serrinha/BA


Feirantes comercializando produtos confeccionados com cerâmica.


Como é sabido, as feiras acontecem desde á época medieval e no Brasil tem suas raízes na colonização e assim como antigamente, as feiras existem hoje, acontecendo nestas feiras as compras e vendas de diversos produtos, especialmente as especiarias da culinária regional, tal como da brasileira. Essa tradição das feiras livres contribui para as relações sócio-econômicas, promovendo assim, o desenvolvimento do município de Serrinha até os dias atuais. A principio a feira acontecia na Praça da Matriz, atual Praça Luiz Nogueira, tinham uma grande variedade de produtos, tais como: frutas, verduras, beiju, peças de alumínio, louça de barro, artefatos de couro, esteiras, cereais dentre outras mercadorias.


Imagem da feira livre em Serrinha.



Arquitetura características do período colonial.

A cidade de Serrinha ainda tem traços da arquitetura do período colonial, muitos monumentos com o decorrer dos anos foram extintos ou modificados, perdendo os traços da colonização na cidade, porém muitos prédios se mantém com sua arquitetura original, trazendo traços da arquitetura barroca.



Igreja Matriz de Serrinha.

Interior da Igreja Matriz.



Grande Hotel de Serrinha atendia a estação ferroviária da cidade, mais luxuoso hotel que a cidade. Hoje o Hospital Geral de Serrinha

Estação Ferroviária de Serrinha.


Atual Estação Ferroviária de Serrinha.


Primeira sede da Prefeitura de Serrinha.



Antiga seda da prefeitura de Serrinha.


Antiga fábrica de tecelagem de Serrinha - Hoje o atual Colégio Estadual Rubem Nogueira.
Colégio Rubem Nogueira.



Referências:

FRANCO, Tasso. Serrinha: A Colonização Portuguesa numa Cidade do Interior de Bahia. Salvador: EGBA/ Assembleia Legislativa do Estado, 1996.




Salvador


Vamos começar pela primeira capital do Brasil:

Onde temos a Catedral de Salvador





No Pelourinho podemos "andar" pela historia do período colonial. A atual catedral de Salvador (foto acima) é parte do desaparecido convento e escola dos jesuítas, o maior e mais importante do Brasil colonial. Foi construída entre 1652 e 1672.


A catedral hoje: 





                       

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Temos também o Forte de São Marcelo







Localizado no meio da Baía de Todos-os-Santos, popularmente conhecido como Forte do Mar, o Forte de São Marcelo está aberto à visitação diariamente. Os visitantes podem apreciar exposições como Memórias do Mar, Memórias do Forte e Memórias da Cidade, além de conhecer um dos mais belos cartões-postais da cidade de Salvador. Antes denominado Forte de Nossa Senhora do Pópulo e conhecido como Forte do Mar, o Forte de São Marcelo nasceu como um baluarte de forma triangular, construído em madeira, no início do século XVII, sobre um arrecife, na entrada do porto de Salvador.
Depois da invasão holandesa de 1624 foi reconstruído em alvenaria de pedra e ganhou sua forma circular, assim como a missão de proteger o centro da cidade colonial dos ataques marítimos estrangeiros.

Assista abaixo um vídeo produzido pelo Museu Vivo sobre o Forte